A trajetória dos incêndios por curto circuito no Brasil

Empresa Prevenção e combate a incêndio

A Abracopel (Associação Brasileira de Conscientização para os Perigos da Eletricidade), entidade nacional que levanta dados estatísticos sobre acidentes com eletricidade desde 2007, acabou de divulgar os dados relativos aos anos de 2014/2015
Segundo a entidade, no que se refere especificamente aos incêndios gerados por curtos circuitos, os dados mostram que em relação a 2014, o ano de 2015 apresentou um aumento de quase 50% – de 295 incêndios originados por um curto circuito ou sobrecarga, este número subiu para 441 em 2015. As mortes, infelizmente, também apresentaram um aumento significativo, de 20 para 33 mortes, (+ de 60%).

Todos estes dados mostram, claramente, a falta de importância que se dá no Brasil quanto aos acidentes envolvendo eletricidade. Não existe investimento neste setor, não vemos campanhas educativas envolvendo crianças e adultos no sentido de uma conscientização para o uso seguro da eletricidade. Enfim, a cultura sobre a segurança com eletricidade no Brasil ainda engatinha. Alertar a sociedade e os agentes governamentais sobre a situação crítica das instalações elétricas é dever de todos
Nada é para sempre. E, em se tratando de condomínios, é bom que isso fique claro, já que tudo precisa de manutenção, principalmente quando se trata de instalações elétricas.

O entendimento entre os especialistas é que a durabilidade das instalações de um empreendimento gire em torno de 30 anos. E é possível imaginar como a demanda por energia elétrica dentro das unidades mudou nesse período de tempo.
A estimativa da Procobre, instituição que promove estudos e pesquisas sobre o uso de cobre na América Latina, é de que a demanda por energia elétrica aumentou em seis vezes nesse período. Para ilustrar a situação, na década de 1980, um modelo comum de chuveiro era de 1.800W. Hoje a potência do aparelho chega a 6 mil W. No passado, um fio de bitola de 2,5 mm era mais que o suficiente para suprir as necessidades de uma casa. Agora, essa medida é de 6 mm.
Portanto, muitos condomínios ainda contam com instalações defasadas, e os riscos vão desde quedas de energia e incêndios a choques de alta voltagem, que podem, inclusive, matar uma pessoa.

Por isso, tal questão deve ser tratada com seriedade e atenção, até porque, além dos riscos, também pode gerar desperdícios consideráveis para o condomínio, devido à fuga de energia.
Nesses casos, vale chamar uma empresa especializada no assunto, que deve contar com um engenheiro eletricista e com a aparelhagem necessária, como aparatos que medem fuga da energia e que gerenciam o consumo. Assim, ele poderá diagnosticar corretamente o que há de errado com o condomínio.

Em prédios com mais de 30 anos, talvez seja necessário rever toda a parte elétrica saber se o condomínio conta com um aterramento adequado e se segue as recomendações da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), como um dispositivo de proteção contra surto.
Além de adequar as instalações do condomínio, essas melhorias também reduzem ou eliminam fuga e consequente desperdício de energia elétrica. Estudos apontam que uma estrutura adequada reduz, em média, 5% do valor da conta de energia.
Outra troca que deve ser feita o mais rápido possível em prédios antigos é a dos quadros de força. Nesses casos, não só a estrutura de madeira pode ser danificada por cupins, como os fios elétricos também. Até suas capas podem ser comidas pelo bicho. A troca deve ser feita por uma estrutura de metal, mais resistente e adequada para o uso.

Quem estiver interessado em investigar as condições elétricas de seu condomínio pode fazer uma verificação do padrão médio de consumo das unidades, com uma empresa especializada. Basta fazer um levantamento dos equipamentos usados ali é preciso contar com a ajuda dos moradores. Com esse dado, é possível saber se o condomínio consegue atender a essa demanda de maneira tranquila.
Caso a resposta seja negativa, será necessário, provavelmente, reprojetar o centro de medição do empreendimento, e refazer todo o cabeamento, desde o centro de medição até as prumadas. Também será necessário pedir à concessionária de energia por um aumento na oferta de seu produto para o local.

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